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Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar as relações de gênero presente na obra "O Livreiro de Cabul" da jornalista norueguesa Asne Seierstad. A autora retrata o cotidiano vivido pelas mulheres no Afeganistão. Nessa sociedade a tradição e a religião atuam como legitimadores e perpetuadores de preconceitos sexistas e o apego da população por esses valores é responsável pela naturalização desses preconceitos. A burca, vestimenta obrigatória durante o regime Talibã e ainda utilizada pelas mulheres de famílias mais tradicionais é o sinal de invisibilidade das afegãs. Por outro lado, verifica-se hoje alguns avanços, entretanto, as permanências se sobressaem. Derrubar as barreiras da tradição se mostra extremamente difícil nessa sociedade por envolver poder e privilégios que estão nas mãos do homens. As mulheres retratadas pela autora vivenciam uma situação de inferioridade social que pode ser compreendida e analisada através da teoria de gênero. 

 

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Biografia do Autor

Marusa Bocafoli Silva, Universidade Estadual do Norte Fluminense

Possui graduação em História pela Faculdade de Filosofia de Campos (2009). Possui Pós-Graduação (Lato Sensu) em História do Brasil e África pela Faculdade de Filosofia de Campos (2010). Mestre em Sociologia Política pela Universidade Estadual do Norte Fluminense - Darcy Ribeiro. Possui experiência em docência. Interesse em pesquisas nas áreas de Sociologia, História, Gênero e Cidadania. Atualmente integra a equipe de pesquisadores do Atelier de Estudos de Gênero (ATEGEN), vinculado ao Laboratório de Estudos da Sociedade Civil e do Estado (LESCE-CCH) da UENF>
Como Citar
Silva, M. B. (2014). O LIVREIRO DE CABUL À LUZ DA TEORIA DE GÊNERO. Humanas Sociais & Aplicadas, 4(10). https://doi.org/10.25242/88764102014539