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Resumo

O paciente fora de possibilidade terapêutica é aquele em que sua condição é irreversível, em que tratamentos não irão reverter a evolução natural do seu quadro. O Cuidado Paliativo como forma de assistência diferencia-se fundamentalmente da medicina curativa por focar no cuidado integral, através da prevenção e do controle de sintomas, para todos os pacientes que enfrentem doenças graves, ameaçadoras da vida. E, por esta razão, torna-se um grande desafio para os enfermeiros, pois exige conhecimento sobre cada paciente e também equilíbrio emocional. Nesse contexto, o presente estudo visa identificar a importância das ações de enfermagem nos cuidados paliativos a pacientes oncológicos adultos internados na UTI. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa da literatura com busca de artigos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed, no período de abril a julho de 2018. Foram encontrados 50 artigos, dos quais, 11 artigos se enquadravam nos critérios de inclusão. A questão norteadora foi:  identificar as dificuldades enfrentadas pelo Enfermeiro durante a assistência ao paciente fora de possibilidade Terapêutica. Os resultados apontam que o profissional de saúde é finito como todo e qualquer outro ser humano e também passa por profundos dilemas existenciais quanto ao enfrentamento e vivência da morte em seu cotidiano de trabalho. Percebe-se após análise desse estudo, que existe um descompasso entre o idealizado na universidade e a realidade da prática, e isso poderá trazer dificuldades quando estes recém-formados chegarem no mercado de trabalho. Na maioria das vezes, esse profissional, ainda como acadêmico, não foi estimulado ou preparado a refletir sobre a morte e o morrer, podendo ser pego de surpresa pelo pesar, e mais, não oferecer uma assistência de qualidade, não conseguindo assistir a pessoa que está morrendo e/ou sua família, em razão da morte se configurar como momento de grande sofrimento e fracasso da ação principal em manter a vida. Se o acompanhamento ao doente em fase terminal for adequado e antecipadamente se inserir a família neste processo de apoio, o doente usufruirá de uma melhor qualidade de vida, do ponto de vista emocional e afetivo, assim como, na diminuição da dor e angústia, inerentes à doença. Desta forma, concluímos que os cursos de graduação precisam se instrumentalizar para preparar esses futuros profissionais a vencerem o medo que sentem, e aprenderem a cuidar dos pacientes que estão em eminência de morte com menos receio, oferecer em essencial, cuidados que proporcionem conforto para o corpo e para a alma, pois, as ações devem estar voltadas para um cuidado de qualidade e humanizado.

Palavras-chave

Cuidados Paliativos Enfermagem Oncológica Unidade de Terapia Intensiva.

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Como Citar
Magalhães, R. R. P., Pinho, L. S. da F., Velasco, E. dos S., & Santos, C. M. (2018). ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO AO PACIENTE ONCOLÓGICO ADULTO FORA DE POSSIBILIDADE TERAPÊUTICA. Biológicas & Saúde, 8(27). https://doi.org/10.25242/886882720181429
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