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Resumo

Nas últimas décadas, e a partir de regulamentação de leis, a doação de órgãos tem evoluído no Brasil, tornando-se o segundo país com maior número de transplantes realizados por ano, sendo mais de 90% efetuados pelo SUS. Grande parte dos óbitos com potencial doação de órgãos para transplante acontece na UTI, sendo que a complexidade deste modelo terapêutico requer preparação especializada e contínua dos profissionais de saúde envolvidos no cuidado do paciente. O presente estudo tem como objetivo discutir a importância do enfermeiro na doação de órgãos e tecidos, identificar a relevância do enfermeiro da UTI frente ao potencial doador e descrever as responsabilidades do enfermeiro no processo de captação de órgãos e tecidos. A metodologia utilizada é a revisão integrativa da literatura, composta por 20 artigos originais e de revisão, publicados em periódicos nacionais e internacionais, sobre pacientes fora de possibilidade terapêutica. De acordo com os resultados constatamos que em 2004, o Conselho Federal de Enfermagem regulamentou a atividade do enfermeiro na captação e transplante de órgãos e tecidos, determinados como exigência a necessidade de aplicar a sistematização da assistência de enfermagem (SAE). Segundo essa mesma Resolução 292/2004 (COFEN), compete ao enfermeiro planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar as ações de enfermagem prestadas aos doadores de órgãos e tecidos, Dentre as atividades que lhes cabem, o enfermeiro e toda sua equipe são responsáveis por realizar, durante o período de manutenção, o controle e o registro de todos os parâmetros hemodinâmicos do potencial doador, ou seja, as alterações térmicas, a vasodilatação extrema típica da síndrome associada à inabilidade de tremer para produzir calor, além da infusão de grandes volumes de fluidos, ressaltando ainda o papel do enfermeiro no apoio oferecido às famílias dos doadores, no instante da comunicação do diagnóstico de morte encefálica pela equipe médica. Contudo, apesar do enfermeiro ser parte essencial no processo de captação e transplantes de órgãos, há poucos estudos quanto a importância do mesmo nestes processos e há necessidade de educação continuada para melhor conhecimento e aprimoramento dos cuidados, recursos adequados e quantitativo de profissionais para proporcionar uma assistência qualificada, visando à efetivação da doação de órgãos.

Palavras-chave

Doação de órgãos enfermagem transplante.

Article Details

Como Citar
Mercado, J. R., G. Rosa, M. B., Xavier, M. C. S., & Santos, C. M. (2018). O ENFERMEIRO COMO COMPONENTE ESSENCIAL NO PROCESSO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS. Biológicas & Saúde, 8(27). https://doi.org/10.25242/886882720181473
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