Main Article Content

Resumo

As equipes de Saúde da Família realizam ações no contexto escolar por meio do Programa Saúde na Escola com o propósito de impactar positivamente na qualidade de vida dos educandos. O presente estudo foi realizado com o objetivo de investigar as ações das equipes de Saúde da Família no Programa de Saúde na Escola em Campo Grande/Mato Grosso do Sul. A coleta de dados se deu com enfermeiros atuantes no território da Saúde da Família que possuía pelo menos uma escola pactuada com ações de saúde do Programa Saúde na Escola em sua área de abrangência. Utilizou-se um questionário elaborado especificamente para identificar as ações contidas nos três componentes previstos para serem realizados pelas equipes de saúde no Programa Saúde na Escola: 1- Avaliação clínica e psicossocial; 2- Promoção e prevenção à saúde; 3- Formação. Os resultados indicaram que a maioria das equipes da Saúde da Família executavam ações do Programa Saúde na Escola (90,5%). No Componente 1 houve maior frequência de Avaliação Antropométrica (87,3%) e menor de Avaliação Auditiva (7,9%). Quanto ao Componente 2, a maior prevalência foi de Ações de Segurança Alimentar e Promoção da Alimentação Saudável (68,3%) e a menor foi de ações referentes à Promoção das Práticas Corporais e Atividade Física nas Escolas 25,4%. No Componente 3, a formação dos profissionais variou entre 39,7% e 1,6%, seja em atividades de curta duração ou em pós-graduações. Concluiu-se que em Campo Grande as ações das equipes incluíram os três componentes previstos no Programa. No entanto, há fragilidades em todos esses componentes, especialmente os relacionados à formação dos profissionais de saúde para atuar no contexto escolar.

Palavras-chave

Saúde Escolar; Estratégia de Saúde da Família; Enfermagem em Saúde Pública.

Article Details

Como Citar
De Souza, J. C., & Saraiva Ferreira, J. (2020). Ações do programa saúde na escola no contexto das equipes de saúde da família. Biológicas & Saúde, 10(35), 40-52. https://doi.org/10.25242/8868103520202075
Share |

Referências

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Instrutivo PSE / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília/DF: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/passo_a_passo_programa_saude_escola.pdf
  2. BRASIL, E.G.M. et al. Promoção da saúde de adolescentes e Programa Saúde na Escola: complexidade na articulação saúde e educação. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo/SP, v. 51, e e03276, p. 1-9, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v51/1980-220X-reeusp-S1980-220X2016039303276.pdf
  3. CAMPO GRANDE. Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande. Publicação eletrônica – quantitativo de unidades de estratégia saúde da família por distritos sanitários e enfermeiros lotados por unidade. Campo Grande: SESAU-MS, 2017.
  4. FERREIRA, I.D.R.C.; VOSGERAU, D.S.A.R.; MOYSÉS, S.J.; & MOYSÉS, S.T. Diplomas Normativos do Programa Saúde na Escola: análise de conteúdo associada à ferramenta ATLAS TI. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro/RJ, v. 17, n. 12, p. 3385-3398, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012001200023
  5. FERREIRA, J.S. O percurso da saúde pública no Brasil: do empirismo à promoção da saúde. Campo Grande: Editora UFMS, 2016. p. 46
  6. GEUS, L.M.M. et al. A importância na inserção do nutricionista na Estratégia Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, suppl 1, p. 797-804, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000700010
  7. GOMES, M.F.P.; FRACOLLI, L. A.; & MACHADO, B.C. Atenção domiciliar do enfermeiro na estratégia saúde da família. O Mundo da Saúde, São Paulo/SP, v. 39, n. 4, p. 470-475, p. 2015. Disponível em: http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/155572/A08.pdf
  8. GONÇALVES, R.M.D.A.; PEDROSA, L.A.K. Perfil dos enfermeiros da estratégia saúde da família e suas habilidades para atuar na saúde mental. Ciência, Cuidado e Saúde, Maringá/PR, v. 8, n. 3, p. 345-351, 2009. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/9015/5000
  9. LIMA, C.A. et al. Atributos da Atenção Primária: perspectiva e perfil de enfermeiros da estratégia saúde da família. Revista Norte Mineira de Enfermagem, Montes Claros/MG, v. 4, n. 2, p. 4-18, 2015. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view/2683/2668
  10. MACHADO, M.F.A. S. et al. The health school programme: a health promotion strategy in primary care in Brazil. Journal of Human Growth and Development, São Paulo/SP, v. 25, n. 3, p. 307-312, 2015. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S010412822015000300009&lng=pt&nrm=iso&tlng=en
  11. MARINHO, L.M. et al. Atributos da Atenção Primária: perspectiva e perfil de enfermeiros da estratégia saúde da família. Renome Rev Norte Minas Enferm. [Internet]. 2015; 4(2):4-18. Disponível em: http://www.renome.unimontes.br/index.php/renome/article/view/90
  12. MARQUES, A.L.N. et al. Quality of life and working context of nursing professionals of the family health strategy. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, Fortaleza/CE, v. 16, n. 5, p. 672-681, 2015. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/2795/2169
  13. MARTINS, C.B.G. et al. Oficina sobre sexualidade na adolescência: uma experiência da equipe saúde da família com adolescentes no ensino médio. Revista mineira de Enfermagem, Belo Horizonte/MG, n. 15, v. 4, p. 573-578, 2011. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/72
  14. MEDEIROS, C.S. et al. O Processo de (des)construção da multiprofissionalidade na atenção básica: limites e desafios à efetivação do trabalho em equipe na estratégia saúde da família em João Pessoa-PB. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, João Pessoa/PB, v. 15, n. 3, p. 319-328, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/view/10833
  15. OLIVEIRA, I.F. et al. The role of the psychologist in NASF: challenges and perspectives in primary health care. Revista Temas Psicologia, Ribeirão Preto/SP, v. 25, n. 1, p. 291-304, 2017. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2017000100017
  16. PAIM, J. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. The Lancet, Reino Unido, v. 377, n. 9779, p. 1778-1797, 2011. Disponível em: http://www6.ensp.fiocruz.br/repositorio/sites/default/files/arquivos/Sistema%20de%20sa%C3%BAde_Celia%20Almeida_2011.pdf
  17. PINI, J.S.; & WAIDMAN, M.A. P. Fatores interferentes nas ações da equipe estratégia saúde da família ao portador de transtorno mental. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo/SP, n. 46, v. 2, p. 372-379, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S008062342012000200015&lng=en&nrm=iso
  18. SHIMIZU, H.E.; & FRAGELLI, T.B.O. Competências Profissionais Essenciais para o Trabalho no Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Revista Brasileira de Educação Médica, Brasília/DF, v. 40, n. 2, p. 216-225, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010055022016000200216&script=sci_abstract&tlng=pt
  19. ROCHA, T.N.; & ETGES. B.I. Consumo de alimentos industrializados e estado nutricional de escolares. Perspectivas Online: Biológicas & Saúde. v.9, n.29, p.21-32, 2019. Disponível em: https://ojs3.perspectivasonline.com.br/biologicas_e_saude/article/view/1402/1375
  20. ROWE, P. Essential statistics for the pharmaceutical sciences. Chichester, England: John Wiley & Sons Ltda, 2007;
  21. SANTIAGO, L.M. et al. Implantação do Programa Saúde na Escola em Fortaleza-CE: atuação de equipe da Estratégia Saúde da Família. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília/DF, v. 65, n. 6, p. 1026-1029, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672012000600020
  22. SILVA JUNIOR, A.J. Programa saúde na escola: limites e possibilidades intersetoriais. Interface (Botucatu), Botucatu/SP, v. 18, n. 51, p. 799-799, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832014000400799
  23. SISTON, A.N.; & VARGAS, L.A. El enfermero en la escuela: prácticas educativas em la promoción de la salud de los escolares. Revista Eletrônica Enfermería Global, Murcia-Espanha, v. 6, n. 2, p. 1-14, 2007. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3658/365834735029_5.pdf
  24. SOUZA, G.R.M.; CAZOLA, L.H.O.; & OLIVEIRA, S.M.V.L. Atuação dos enfermeiros da estratégia saúde da família na atenção oncológica. Escola Anna Nery, Rio de Janeiro/RJ, v. 21, n. 4, e20160380, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-81452017000400207&script=sci_abstract&tlng=pt
  25. SOUZA, T.T.; & CALVO, M.C.M. Resultados esperados dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família: revisão de literatura. Saúde e Sociedade, São Paulo/SP, v. 25, n. 4, p. 976-987, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010412902016000400976&script=sci_abstract&tlng=pt
  26. TEIXEIRA, M.B. et al. Avaliação das práticas de promoção da saúde: um olhar das equipes participantes do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica. Saúde debate, Rio de Janeiro/RJ, v. 38, número especial, p. 52-68, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010311042014000600052&script=sci_abstract&tlng=pt
  27. TRUMÉ, C.T.; & POLL, F.A. Qualidade da dieta e fatores de risco para doenças crônicas. Perspectivas Online: Biológicas & Saúde. v.8, n.26, p.31-41, 2018. Disponível em: http://ojs3.perspectivasonline.com.br/index.php/biologicas_e_saude/article/view/1295