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Resumo

O trabalho dos técnicos e auxiliares de enfermagem em unidades hospitalares pode resultar em impactos profundos a saúde psíquica destes trabalhadores, pois envolve uma rotina desgastante e cansativa, além de um ambiente instável, agitado e com tarefas intensas. A exposição frequente a estes fatores estressores compromete a saúde, interfere nos níveis de produtividade e pode comprometer a segurança do paciente. Sendo assim, este estudo teve como objetivo identificar os sintomas depressivos entre os técnicos e auxiliares de enfermagem de uma unidade hospitalar pública. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, realizado em um hospital público de referência em um município do interior do Estado do Rio de Janeiro. A amostra foi selecionada por conveniência, sendo incluídos os técnicos e os auxiliares de enfermagem atuantes há pelo menos um ano na unidade onde o estudo foi realizado e excluídos aqueles em que no momento da coleta de dados estavam de férias, licença médica ou maternidade. O instrumento de coleta de dados foi composto por um questionário de caracterização sociodemográfica e ocupacional dos sujeitos, seguido do Inventário de Depressão de Beck. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva utilizando o software SPSS, versão 20.0. Participaram deste estudo 99 profissionais, sendo 57,6% auxiliares de enfermagem e 42,4% técnicos de enfermagem. A maioria do sexo feminino (85,9%), com idade média de 51 anos (DP=8,5 anos), casado (44,4%), com um tempo médio de atuação na enfermagem de 23,7 anos (DP=7,8 anos), trabalhando em plantões de 24 horas semanais (80,9%) e atuando em áreas críticas (59,8%). A sintomatologia depressiva leve e moderada foi identificada em 43,5% dos técnicos e em 38,5% dos auxiliares. Conclui-se que estes profissionais são frequentemente expostos a fatores estressores considerados de risco para as doenças mentais e que a implementação de ações de rastreamento é primordial para a promoção da saúde do trabalhador, para a segurança e para a qualidade da assistência prestada aos pacientes.


 

Palavras-chave

Depressão; Profissionais de enfermagem; Estresse psicológico.

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Biografia do Autor

Thaís Aparecida de Castro Palermo, Institutos Superiores de Ensino CENSA

Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ (2014). Professora dos Institutos Superiores de Ensino CENSA. Possui graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Volta Redonda (2006) e graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário de Barra Mansa (2009). Especialista em Enfermagem do Trabalho pela Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ (2011). Pós-graduada em Capacitação Profissional em Pesquisa Epidemiológica/Fiocruz (2012). Com experiência nas seguintes áreas: Docência, Estratégia de Saúde da Família, CTI, Pesquisa Epidemiológica, Enfermagem do Trabalho, Emergência Adulto e Pediátrica, Saúde Mental e Dependência Química.

Thaynara Melo Burla de Souza, ISECENSA

Aluna bolsista de Iniciação Científica do PIBIC/ISECENSA - Curso de Enfermagem.

Ana Carolyne da Silva Caetano, ISECENSA

Aluna bolsista de Iniciação Científica do PIBIC/CNPq - Curso de Enfermagem.

Aline Teixeira Marques Figueiredo Silva, ISECENSA

Pesquisadora Colaboradora - Laboratório de Estudos em Saúde Pública – LAESP/ISECENSA.

Carolina Magalhães dos Santos, ISECENSA

Pesquisadora Colaboradora - Laboratório de Estudos em Saúde Pública – LAESP/ISECENSA.

Como Citar
Palermo, T. A. de C., de Souza, T. M. B. ., Caetano, A. C. da S. ., Silva, A. T. M. F. ., & dos Santos, C. M. . (2020). Depressão entre técnicos e auxiliares de enfermagem em uma unidade hospitalar pública. Biológicas ∓ aúde, 10(35), 1–11. https://doi.org/10.25242/8868103520202167

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