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Resumo

Qualidade de Vida pode ser definida como a compreensão do indivíduo acerca de sua posição na vida, no cenário da cultura e sistema de valores nos quais o mesmo está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, preocupações e padrões. Há muito interesse na área médica sobre o tema, mas pouco nas ciências exatas, apesar das condições sabidamente estressantes vivenciadas pelos acadêmicos de ambas as áreas. Este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade de vida dos acadêmicos de Medicina e Engenharia Civil em uma Universidade do Rio de Janeiro. Aplicou-se o questionário WHOQOL-BREF a 182 alunos do primeiro, sexto e nono períodos de Medicina e primeiro, quinto e décimo períodos de Engenharia Civil. Conclui-se que a maioria dos estudantes considera “boa” ou “muito boa” sua qualidade de vida (79,48% dos estudantes de engenharia civil e 74,82% dos de medicina), apesar de as médias não terem atingido maciçamente as pontuações 4 ou 5. Sendo assim, ressalta-se que a percepção de qualidade de vida em uma Instituição de Ensino Superior depende de medidas de desenvolvimento pessoal e institucional, como: orientar os acadêmicos a valorizar um estilo de vida mais saúdavel, cuidar da saúde biopsicossocial, estabelecer e manter seus vínculos, desenvolver resiliência, gerir seu tempo, garantir a formação de um bom corpo docente, diminuir a competitividade dentro dos cursos, realizar a oferta de serviços de apoio ao estudante e estimular a participação de projetos de iniciação científica e de desenvolvimento social. Oferecer melhores condições de ensino e apoio aos acadêmicos tem como resultado final uma melhoria da qualidade de vida e, consequentemente, a formação de profissionais melhores e mais realizados.




Palavras-chave

Qualidade de Vida Estudantes de Medicina Engenharia

Article Details

Como Citar
de Almeida Carrara, V., & Vitarelli de Castro Emery Santos , A. M. (2021). ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA E ENGENHARIA CIVIL DA UNIREDENTOR MEDIANTE APLICAÇÃO DO WHOQOL-BREF . Biológicas & Saúde, 11(39), 11-22. https://doi.org/10.25242/8868113920212297
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