Main Article Content

Resumo

Introdução: A ventilação mecânica (VM) é utilizada para auxiliar na ventilação de um paciente crítico em diversas situações clínicas, porém, o manejo incorreto está associado as Lesões Pulmonares Induzidas pelo Ventilador (LPIV), principalmente quando se trata de paciente com comprometimento pulmonar. A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) é uma condição que tem seu tratamento diretamente relacionado a VM, uma vez que o ventilador mecânico reduz o desconforto respiratório.  Estratégias de VM protetora vêm sendo utilizadas devido aumento da taxa de sobrevida, e tais estratégias visam ao Volume Corrente (VC) com números menores e PEEP elevadas evitando o colapso alveolar e reduzindo as tensões em tecidos pulmonares prevenindo as lesões induzidas por um manejo incorreto da VM. Objetivo: Investigar a relação entre o monitoramento da mecânica pulmonar durante a utilização da ventilação mecânica e a ocorrência de lesão pulmonar induzida pela ventilação. Métodos: Revisão sistemática utilizando as bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde, MEDLINE, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Os descritores foram: “ventilação mecânica”, “lesão pulmonar induzida por ventilação mecânica”, “mecânica respiratória”. Foi utilizado o operador boleano “AND”, selecionados artigos nas línguas portuguesas, inglesas e espanhol nos últimos 10 anos. Conclusão: Para um bom prognóstico, é necessário o reconhecimento da condição pulmonar, a interação multidisciplinar, o conhecimento das condições clínicas da patologia e o manejo correto dos parâmetros ventilatórios. A VM protetora se mostrou benéfica afim de evitar as LPIV, preconizando VC baixo e monitorização da DP.




Palavras-chave

Respiração Artificial Lesão Pulmonar Induzida por Ventilação Mecânica Mecânica Respiratória

Article Details

Como Citar
Cristina Moreira Damázio, L. (2021). O MONITORAMENTO DA MECÂNICA PULMONAR NA VENTILAÇÃO MECÂNICA. Biológicas & Saúde, 11(40), 54-69. https://doi.org/10.25242/8868114020212472
Share |

Referências

  1. AMARAL, D.B.S., et al. Efeitos da compressão torácica e hiperinsuflação com o ventilador sobre os fluxos expiratórios e inspiratório em pacientes ventilados mecanicamente: ensaio clínico cruzado randomizado. Anais da Revista Perspectivas Online: Biológicas e Saúde - Anais do VI CICC, v.8, n.27, Supl., 2018.
  2. AMATO, M. B. P. et al. Driving Pressure and Survival in the Acute Respiratory Distress Syndrome. New England Journal of Medicine, v. 372, n. 8, p. 747–755, 2015.
  3. BASTOS-NETTO, C. et al. Protective mechanical ventilation in patients with risk factors for ARDS: Prospective cohort study. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 47, n. 1, p. 1–8, 2021.
  4. BELLANI, G. et al. Driving Pressure Is Associated with Outcome during Assisted Ventilation in Acute Respiratory Distress Syndrome. Anesthesiology, v. 131, n. 3, p. 594–604, 2019.
  5. CAVALCANTI, A. B. et al. Effect of lung recruitment and titrated Positive End-Expiratory Pressure (PEEP) vs low PEEP on mortality in patients with acute respiratory distress syndrome - A randomized clinical trial. JAMA - Journal of the American Medical Association, v. 318, n. 14, p. 1335–1345, 2017.
  6. FRAGA, W.L.A.; MARTINS, S.S.A.; CHICAYBA, L.M.. Análise de diferentes modelagens de resistência sobre a mecânica respiratória e as variáveis ventilatórias: estudo experimental. Anais da Revista Perspectivas Online: Biológicas e Saúde - Anais do IV Seminário P&D PROVIC/PIBIC I Encontro de Iniciação Científica CNPq. v.9, nº 30, Sup., 2019
  7. GALVÃO, T.F.; PANSANI, T.S.A.; HARRAD, D. Principais itens para relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises: A recomendação PRISMA. Epidemiol Serv Saúde. v. 24, n. 2, p.335-342, 2015.
  8. HEMÉTRIO, A.C.; AZEVEDO, L.T.R..; CHICAYBAN, L.M. Comparação entre Breath Stacking e Air Stacking sobre a mecânica respiratoria e padrão ventilatório em pacientes ventilados mecanicamente. Anais da Revista Perspectivas Online: Biológicas e Saúde - Anais do VI CICC, v.8, n. 27, Sup., 2018.
  9. KACMAREK, R. M. et al. Open lung approach for the acute respiratory distress syndrome: A pilot, randomized controlled trial. Critical Care Medicine, v. 44, n. 1, p. 32–42, 2016.
  10. LORING, S.H., MALHOTRA, A. Driving Pressure and Respiratory Mechanics in ARDS. The New England Journal of Medicine, n.19, p.372-378, 2015.
  11. NARDELLI, L. M.; GARCIA, C. S. N. B.; ROCCO, P. R. M. RBTI - Mecanismos da LPA Induzida pela VM. Revista Bras. Ter. Intensiva, v. 19, p. 469–474, 2007.
  12. NEEDHAM, D. M. et al. Timing of Low Tidal Volume Ventilation and ICU Mortality in ARDS: A Prospective Cohort Study. American journal of respiratory and critical care medicine, v. 191, p. 177–185, 2014.
  13. NEUMANN, P. Kommentar zu: Bedeutung des Compliance-Drucks für das Überleben von ARDS-Patienten mit kontrollierter mechanischer Beatmung. Anaesthesist, v. 65, n. 6, p. 467–468, 2016.
  14. RAICH, A.L.; SKELLY, A.C. Asking the right question: specifying your study question. Evid Based Spine Care J., v. 4, n. 2, p. 68-71, 2013.
  15. SADDY, F. Avaliação da Mecânica Respiratória na Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo. Evaluation of Respiratory Mechanics in Acute Respiratory Distress Syndrome. Pulmão RJ, v. 20, n. 1, p. 31–36, 2011.
  16. SCHUCHAT, A. HPV “Coverage”. New England Journal of Medicine, v. 372, n. 8, p. 775–776, 2015.
  17. SIMONIS, F. D. et al. Potentially modifiable respiratory variables contributing to outcome in ICU patients without ARDS: a secondary analysis of PRoVENT. Annals of Intensive Care, v. 8, n. 1, 2018.
  18. TUCCI, M. R.; BERALDO, M. A; COSTA, E. L. V. Lesão pulmonar induzida pelo ventilador. Pulmão RJ, v. 20, n. Lim 09, p. 43–48, 2011.
  19. VALLE PINHEIRO, B. et al. Ventilação mecânica protetora: revisão de ensaios clínicos randomizados. HU Revista, v. 45, n. 3, p. 334–340, 2019.
  20. VILLAR, J. et al. A Quantile Analysis of Plateau and Driving Pressures: Effects on Mortality in Patients With Acute Respiratory Distress Syndrome Receiving Lung-Protective Ventilation. Critical Care Medicine, v. 45, n. 5, p. 843–850, 2017.