Main Article Content

Resumo

A susceptibilidade ao ataque intergranular e por pites nos aços inoxidáveis austeníticos é resultado do fenômeno de sensitização, que ocorre quando esses aços são utilizados em temperaturas entre 480-815 °C. Neste trabalho foi avaliada a susceptibilidade à corrosão intergranular e por pites de amostras de aço inoxidável austenítico AISI 347 nas condições: soldado sem tratamento térmico, soldado e solubilizado a 1060 °C por 27 min e a 950°C por 5h. Para avaliar a resistência à corrosão, foram realizados: ensaio de susceptibilidade a corrosão intergranular (de acordo com a norma ASTM 262 – 02A) e teste de resistência a corrosão por pites (de acordo com a norma ASTM G48). A caracterização microestrutural consistiu de análises por microscopia ótica confocal (MO) e, a partir das micrografias obtidas, foi quantificada a fração volumétrica dos constituíntes presentes de acordo com a norma ASTM E 562-02. Os ensaios mostraram que as amostras solubilizadas após a soldagem apresentaram uma redução de 34% p. na fração de ferrita delta presente na ZF. Na análise da susceptibilidade a corrosão intergranular, observou-se que o material soldado solubilizado a 1060°C foi o mais susceptível. Na análise da susceptibilidade à corrosão por pites, a amostra soldada solubilizada a 1060°C apresentou maior quantidade de pites profundos na face polida (concentrados principalmente na ZTA e no MB). Também foi observada a relação entre o acabamento superficial das amostras e a perda de massa: a amostra soldada solubilizada a 950°C apresentou a maior perda de massa pois possuía as piores condições de acabamento superficial.

Palavras-chave

microestrutura soldagem tratamento térmico corrosão

Article Details

Como Citar
de Souza, G. P., & Terrones, L. A. H. (2020). Susceptibilidade à corrosão intergranular e por pites do aço inoxidável austenítico AISI 347 soldado e solubilizado. Exatas & Engenharias, 10(29), 74-89. https://doi.org/10.25242/885X102920202076

Referências

  1. ASM HANDBOOK. Properties and Selection: Irons, Steels, and High-Performance Alloys. Vol. 1. ASM Internacional, 1990. EUA
  2. ASTM A262. Standard Practices for Detecting Susceptibility to Intergranular Attack in Austenitic Stainless Steels, ASTM International, 2008. West Conshohocken, PA.
  3. ASTM E562, Standard Test Method for Determining Volume Fraction by Systematic Manual Point Count, ASTM International, 2002. West Conshohocken, PA.
  4. ASTM G48, Standard Test Methods for Pitting and Crevice Corrosion Resistance of Stainless Steels and Related Alloys by Use of Ferric Chloride Solution, ASTM International, 2009. West Conshohocken, PA.
  5. BADESHIA, H.; HONEYCOMBE, R. Steels: Microestruture and Properties. 3ª ed. Butterworth-Heinemann, 2006. United Kingdom
  6. BROOKS, J.A; THOMPSON, A.W; WILLIANS, J.C. A fundamental study of the benefical effects of delta ferrite in reducing weld cracking. Welding Journal, 1984.
  7. LIPPOLD, J. C.; KOTECKI, D. J. Welding Metallurgy and Weldability of Stainless Steels. John Wiley & Sons, 2005. New Jersey.
  8. MODENESI, P.J. Soldabilidade dos Aços Austeníticos. V. 1 Acesita, 2001. Osasco-SP.
  9. PASSOS, D. O.;OTUBO, J. A influência da ferrita delta em aços inoxidáveis austeníticos forjados. Rem: Rev. Esc. Minas [online]. 2010, vol.63, n.1 [cited 2020-04-20], pp.57-63. Disponível em: . ISSN 0370-4467. https://doi.org/10.1590/S0370-44672010000100010.
  10. PRICEPUTU I.L., MOISA B., CHIRAN A., NICOLESCU G., BACINSCHI Z. Delta Ferrite Influence In AISI 321 Stainless Steel Welded Tubes. The Scientific Bulletin of VALAHIA University MATERIALS and MECHANICS, 2009.
  11. RAJ, B.; KHATAK, H. S. Corrosion of Austenitic Stainless Steels: Mechanism, Mitigation and Monitoring. Woodhead Publishing Limited, 2002. India.
  12. SEDRIKS, A. J. Corrosion of Stainless Steels. 2ª ed. John Wiley & Sons, 1996. EUA
  13. TAVARES, S; SOUZA, V; SOUZA, J. KINA, A. YAE, A. Influência dos Tratamentos Térmicos de Estabilização e Solubilização na Resistência a Corrosão Intergranular do Aço Inoxidável AISI 347 Fundido. Tecnologia em Metalurgia e Materiais, 2008. São Paulo, v.4, n.3, p. 18-22.
  14. TOTTEN, G. E. Steel Heat Treatment Handbook Metallurgy And Technologies Vol. 2 ed. CRC Press, 2006.USA.