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Resumo

O Brasil vem passando por uma série de problemas no setor elétrico, devido ao baixo nível de água
nos reservatórios devido ao aumento da demanda e a escassez de chuva nos últimos anos. No Brasil,
as unidades consumidoras são classificadas em dois grupos tarifários: Grupo A, que tem tarifa binômia
e Grupo B, que tem tarifa monômia. O agrupamento é definido, principalmente, em função do nível de
tensão em que são atendidos e também, como consequência, em função da demanda (kW). (PROCEL,
2011). As indústrias se classificam de acordo com a ANEEL em grupo A (alta tensão) é composto por
unidades consumidoras que recebem energia em tensão igual ou superior a 2,3 kilovolts (kv) ou são
atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária, caracterizado pela
tarifa binômia aplicada ao consumo e à demanda faturável (ANEEL, ANO). A tarifa binômia é quando
os consumidores são cobrados tanto pela energia consumida quanto pela demanda. A concessionaria
responsável pela distribuição de energia elétrica do Norte Fluminense (AMPLA Energia e Serviços
S.A.) determina o Horário de Ponta como sendo o período compreendido entre 18:00h e 21:00h em
todos os dias úteis e feriados não nacionais no qual algumas modalidades tarifárias de energia elétrica
nesse horário têm preços mais elevados. Caso o valor de demanda medida seja inferior, igual, ou até
10% superior ao valor de demanda contratada, paga-se integralmente o valor contratado; se o valor de
demanda medida for mais do que 10% superior ao valor de demanda contratada, paga-se o valor
contratado juntamente com a multa pelo valor de ultrapassagem registrado, o qual representa
aproximadamente 3 vezes a tarifa unitária do quilowatt (kW) de demanda contratada. Quando o valor
de demanda contratada é maior do que o valor de demanda medida, tem-se a falsa impressão de que o
sistema elétrico da empresa está bem dimensionado, pois não está se pagando por demanda de
ultrapassagem; no entanto, se está pagando por um excesso de contratação que, na realidade, não está
sendo consumido. Isso gera um custo adicional que, por mais que esteja estipulado no contrato de
fornecimento, passa despercebido pelo setor financeiro da empresa por não vir discriminado na fatura
de energia elétrica (BOTH; BREIER, 2011). Portanto, o presente trabalho tem por objetivo analisar e
determinar o ponto ótimo de consumo elétrico industrial, através da programação linear, modelando
problemas de otimização, além de fazer um estudo de caso em empresas especifica no município de
Campos dos Goytacazes. A metodologia utilizada classifica-se, segundo Gil (GIL, 1991), como
exploratória, descritiva e quantitativa tendo seu foco não apenas na compreensão dos fatos, mas
também na sua mensuração e aplicação em estudo de caso. Portanto, consiste em realizar a análise de
consumo em um determinado período, levando-se em consideração os fatores de demanda contratada
(dc) e demanda faturada (df), assim como o regime de utilização relacionado ao perfil diário de
consumo de energia. A partir desta análise pode-se determinar as variáveis que levam a otimização por
meio do método da programação linear (pl) e as restrições aplicáveis a cada variável. Portanto
esperasse por intermédio destas análises chegar ao ponto ótimo, no intuito de maximizar os lucros,
reduzindo os custos operacionais, além de contribuir com os aspectos ambientais focando nas
diretrizes do mundo contemporâneo do desenvolvimento sustentável.
Palavras Chave: otimização de custo, crise energética, tarifação de energia

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Como Citar
J. S., G., N. A. F., M., & M. S., V. (2015). MODELO DE OTIMIZAÇÃO PARA ESCOLHA DE TARIFAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA INDUSTRIAL. Exatas & Engenharias, 5(13). https://doi.org/10.25242/885X5132015705