Main Article Content

Resumo

A existência de interdisciplinaridade entre as diversas áreas do conhecimento científico possibilita um fortalecimento na construção de novas percepções, como por exemplo, fomentar novas discussões promovendo, assim, um espaço mais consistente para o desenvolvimento crítico. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi relatar uma experiência vivida em um mestrado ao ser inserida a discilina de epistemologia. O intento das aulas mediadas pelo professor foi suscitar elementos e discussões que pudessem corroborar com reflexões epistemológicas em um universo de estudantes da área contábil. Trata-se de uma disciplina, cujas aulas ocorreram no segundo semestre de 2018. Os filósofos estudados propiciaram reflexões acerca da pesquisa científica, bem como da ciência em seu sentido mais amplo. A motivação consistiu em demonstrar a relevância em promover pesquisas acerca de pensadores os quais contribuíram não somente para suas respectivas áreas de conhecimento (em especial a Filosofia), mas também em outras esferas como as ciências sociais aplicadas.

Palavras-chave

Epistemologia; Contabilidade; Relato de experiência

Article Details

Como Citar
Milena Gonçalves Fernandes, C., & Costa Quintana, A. (2021). Implicações pedagógicas na inserção da filosofia em cursos de formação de profissionais não filósofos. Humanas Sociais & Aplicadas, 11(31), 12-25. https://doi.org/10.25242/8876113120212222

Referências

  1. ANDRADE, J. D. J. D.; SMOLKA, A. L. B. A construção do conhecimento em diferentes perspectivas: contribuições de um diálogo entre Bachelard e Vigotski. Ciência & Educação, v. 15, n. 2, p. 245-268, 2009.
  2. BAZANINI, R.; SANTANA, N. C. Gestão e conhecimento nas ciências sociais aplicadas: uma experiência didática relacionada ao ensino-aprendizagem da disciplina filosofia da administração. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, v. 5, n. 1, p. 64-84, 2015.
  3. BLAIR, C. The statement: Foundation of Foucault's historical criticism. Western Journal of Speech Communication, v. 51, n. 4, p. 364-383, 1987.
  4. BLASCHKE, T.; HAY, G. J.; KELLY, M.; LANG, S.; HOFMANN, P.; ADDINK, E.; TIEDE, D. Geographic object-based image analysis–towards a new paradigm. Journal of photogrammetry and remote sensing, v. 87, p. 180-191, 2014.
  5. BUCHHOLZ, K. Criteria for the analysis of scientific quality. Scientometrics, v. 32, n. 2, p. 195-218, 1995.
  6. CABRAL, C. P.; VIANA, K. O. F. L.; RABELO, P. S. T.; NASCIMENTO, P. P. C.; POURBAIX, A. R. S.; CUNHA, T. C. O. Comunicação e múltiplas linguagens: vivências pedagógicas em projeto integrador. Perspectivas Online: Humanas & Sociais Aplicadas, v. 10, n. 28, p. 60-79, 2020.
  7. CHIA, R. Complex Thinking: Towards an Oblique Strategy for Dealing with the Complex. The SAGE Handbook of Complexity and Management, p. 183-198, 2011.
  8. CLELAND, C. E. Historical science, experimental science, and the scientific method. Geology, v. 29, n. 11, p. 987-990, 2001.
  9. CRUZ, L. B.; PEDROZO, E. A.; ESTIVALETE, V. F. B. Towards sustainable development strategies: a complex view following the contribution of Edgar Morin. Management Decision, v. 44, n. 7, p. 871-891, 2006.
  10. CUNHA, T. C. O.; RABELO, P. S. T.; CABRAL, C. P. Projeto integrador “educação pela pesquisa”. Perspectivas Online: Humanas & Sociais Aplicadas, v. 10, n. 28, p. 50-59, 2020.
  11. CUTTING, G. Gaston Bachelard's philosophy of science. International studies in the Philosophy of Science, v. 2, n. 1, p. 55-71, 1987.
  12. DEMO, P. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1995.
  13. DYBA, T.; DINGSOYR, T.; HANSSEN, G. K. Applying systematic reviews to diverse study types: An experience report. In First International Symposium on Empirical Software Engineering and Measurement, p. 225-234, 2007.
  14. FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade e transdisciplinaridade na formação de professores. Ideação, v. 10, n. 1, p. 93-104, 2008.
  15. FORTES, C. C. Interdisciplinaridade: origem, conceito e valor. Revista acadêmica Senac on-line. 6ª ed., 2009.
  16. FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso: aula inaugural no Collége de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. 24ª ed. São Paulo: Leituras Filosóficas, p. 52, 2014.
  17. GLASERSFELD, E. V. An interpretation of Piaget's constructivism. Revue internationale de philosophie, p. 612-635, 1982.
  18. GLASERSFELD, E. V. The reluctance to change a way of thinking. The Irish Journal of Psychology, v. 9, n. 1, p. 83-90, 1988.
  19. GOLDBERG, N. Interpreting Thomas Kuhn as a Response-Dependence Theorist. International Journal of Philosophical Studies, v. 19, n. 5, p. 729-752, 2011.
  20. HAIRSTON, M. The winds of change: Thomas Kuhn and the revolution in the teaching of writing. College composition and communication, v. 33, n. 1, p. 76-88, 1982.
  21. HORSTHEMKE, K. ‘Epistemological Diversity’in Education: Philosophical and Didactic Considerations. In: Forum Pedagogiczne, n. 1, p. 261-278, 2017.
  22. JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de Filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro.: Zahar, 1991, 265p.
  23. JAPIASSU, H. P. Introdução ao Pensamento Epistemológico. 6. ed. Rio de Janeiro, 202p., 1992.
  24. KUHN, T. S. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1962.
  25. KREIMAN, G; MAUNSELL, J. Nine criteria for a measure of scientific output. Frontiers in computational neuroscience, v. 5, n. 48, 2011.
  26. KOTZ, D.; CALS, J. W.; TUGWELL, P.; KNOTTNERUS, J. A. Introducing a new series on effective writing and publishing of scientific papers. Journal of clinical epidemiology, v.66, n. 4, p. 359-360, 2013.
  27. LAZAROIU, G. Besley on Foucault’s discourse of education. Educational Philosophy and Theory, v. 45, n. 8, p. 821-832, 2013.
  28. LEVY, R. Critical Systems Thinking: Edgar Morin and the French School of Thought. Systems Practice, v. 4, n. 2, p. 87-99, 1991.
  29. LISING, L.; ELBY, A. The impact of epistemology on learning: A case study from introductory physics. American Journal of Physics, v. 73, n. 4, p. 372-382, 2005.
  30. LOPES, A. R. Contribuições de Gaston Bachelard ao ensino de ciências. Enseñanza de las ciencias: revista de investigación y experiencias didácticas, v. 11, n. 3, 324-330, 1993.
  31. LUCCA, T. R. S. D.; VANNUCHI, M. T. O.; GARANHANI, M. L.; CARVALHO, B. G.; PISSINATI, P. D. S. C. The meaning of care management attributed by nursing faculty members from the viewpoint of complex thinking. Revista gaúcha de enfermagem, v. 37, n. 3, 2016.
  32. MACHADO, R. Foucault, a ciência e o saber. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
  33. MALDONATO, M. On Edgar Morin. World Futures, v. 60, p. 457-462, 2004.
  34. MORGAN, G. Accounting as reality construction: towards a new epistemology for accounting practice. Accounting, organizations and society, v. 13, n. 5, p. 477-485, 1988.
  35. MORIN, E. Ciência com Consciência. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 1996.
  36. O'HEAR, A. Karl Popper: filosofia e problemas. São Paulo: UNESP, 1997.
  37. PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. 24ª ed. São Paulo: Editora Forense, 1998.
  38. POPPER, K. The Open Society and its Enemies. London: Routledge, 1945.
  39. POPPER, K. The open universe: an argument for indeterminism from the postscript to the logic of scientific discovery. Routledge, 2012.
  40. QUIDU, M.; FAVIER-AMBROSINI, B. Du symbolisme des épistémologues: étude de cas chez Gaston Bachelard. Sociétés, n. 3, p. 29-40, 2013.
  41. ROSSETTO, C.; CHAPPLE, S. Creative accounting? The critical and creative voice of students. Assessment & Evaluation in Higher Education, v. 44, n. 2, p. 216-232, 2018.
  42. ROWBOTTOM, D. P. Kuhn vs. Popper on criticism and dogmatism in science: a resolution at the group level. Studies in History and Philosophy of Science, v. 42, n. 1, p. 117-124, 2011.
  43. SCHLINDWEIN, S. L.; ISON, R. Human knowing and perceived complexity: implications for systems practice. Emergence: Complexity and Organization, v. 6, n. 3, p. 27-32, 2004.
  44. SCHROEDER, E. O corpo humano no livro didático e o obstáculo verbal: contribuições da epistemologia de bachelard para professores de ciências. Atos de Pesquisa em Educação, v. 7, n. 2, p. 547-564, 2012.