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Resumo

As ações de proteção do estrogênio no sistema cardiovascular são parcialmente mediadas pelo seu efeito
direto sobre a parede do vaso e sobre o metabolismo lipídico, que se dá pela associação com seus receptores.
Esses receptores já foram identificados tanto em células do músculo liso vascular, quanto nas células
endoteliais. A administração do estrogênio promove vasodilatação em diferentes segmentos vasculares
humanos e em diferentes modelos de animais experimentais, em parte, estimulando a síntese de prostaciclina
e de óxido nítrico, bem como pela diminuição da produção de agentes vasoconstritores, como produtos
derivados da via da cicloxigenase, das espécies reativas de oxigênio, da angiotensina II, da endotelina-1. In
vitro, a administração do estrógeno exerce um efeito inibitório direto sobre a musculatura lisa através da
ativação do efluxo de potássio e inibição do influxo de cálcio. Além disso, estrogênio inibe a proliferação de
células musculares lisas vasculares. In vivo, 17ß-estradiol impede espessamento neointimal após lesão
vascular, atenuando os efeitos das lesões ateroscleróticas. Como é o caso de outros esteróides, o efeito do
estrogênio sobre a parede do vaso pode ocorrer por uma ação rápida (mecanismo não-genômico),
envolvendo componentes da membrana celular, com alteração na permeabilidade iônica e ativação
enzimática e/ou por uma ação clássica (mecanismo genômico), cujo mecanismo envolve ativação de seus
receptores intracelulares e modificações na expressão gênica das células alvos.
Palavras-Chave: sistema cardiovascular, estrogênio, endotélio, músculo liso.

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